quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Acre tem a quinta maior queda em casos graves de dengue no país

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O Acre dividiu com Minas Gerais a quinta maior queda nos números de casos graves de dengue entre os anos de 2010 e 2012. No período, o índice foi reduzido de 88, em 2010, para apenas quatro em 2012, implicando a redução de 95% dos casos.
No mesmo período, os casos de morte por dengue no Estado foram reduzidos de oito para zero, posição só alcançada em todo o país por Roraima e o Distrito Federal. Com 100% de redução, o Rio Grande do Sul liderou o ranking nacional da queda de casos graves da doença, sendo seguido por Roraima, com 99%, São Paulo (97%) e Rondônia (96%). Entre 2010 e 2012, foi registrada em todo o país redução de 77% dos casos graves, que caíram de 17.475 para 3.965.

O Acre intensificou as medidas para combater a dengue e está colhendo bons resultados (Foto: Gleilson Miranda)
Acre intensificou as medidas para combater a dengue e está colhendo bons resultados (Foto: Gleilson Miranda)
A situação do Acre em relação à dengue foi detalhada ontem pelo Ministério da Saúde (MS), que anunciou o repasse de mais R$ 173,3 milhões para os municípios brasileiros intensificarem a execução de medidas de vigilância, de prevenção e de controle da doença. Do total, R$ 143,6 milhões serão destinados às secretarias municipais e R$ 29,7 milhões para as secretarias estaduais de Saúde. Para o Estado do Acre, o Ministério da Saúde está repassando o total de 1,3 milhão, sendo R$ 505,9 mil para a Secretaria Estadual de Saúde e R$ 800,2 mil para as secretarias municipais de Saúde.
Segundo o MS, para receber os recursos os municípios precisam cumprir metas como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias, garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e adotar mecanismos para a melhoria do trabalho de campo. Além disso, terão de realizar Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais e notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.
Apelo do ministro da Saúde aos novos prefeitos
Os recursos estão sendo liberados pelo Ministério nesta época em que o aumento das chuvas e o calor contínuo no verão, em diferentes estados do país, favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença. “A prevenção precisa ser mantida, mesmo com a redução nos casos graves de dengue”, assinalou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O ministro também fez questão de destacar que as ações de prevenção não podem ser interrompidas com a mudança dos gestores. “Faço um apelo aos novos prefeitos, que iniciaram o mandato em janeiro, para continuarem o trabalho já realizado pelos antecessores. A combinação do trabalho preventivo em cada residência com as ações do poder público é capaz de reduzir a presença do  mosquito do Aedes aegypti no meio ambiente e, consequentemente, evitar epidemias”, assinalou Padilha.
Por sua vez, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que no período de dezembro a maio, a população deve redobrar os cuidados com suas casas, verificando o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, segundo Barbosa, é importante cobrar o mesmo cuidado no ambiente público, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.
O Ministério da Saúde destaca que, aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. Também é fundamental não tomar remédio por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico, devendo a pessoa estar alerta, ainda, para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais.
“A única medida que a pessoa deve adotar é a ingestão de muito líquido, como água, sucos ou chás, até que seja atendida por um profissional de saúde. Além disso, tomar um medicamento inadequado, como a aspirina ou o Ácido Acetilsalicílico (AAS), pode contribuir para agravar o quadro do paciente, aumentando a chance de morte”, alertou o secretário Barbosa.

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